Lastimável na forma, o espetáculo da subordinação protagonizado por Dilma e Orlando Silva, ministro do Esporte, foi ainda pior no conteúdo. Terminada a conversa com Volcke, ficou claro que o Brasil, para não perder a chance de gastar o que não tem com a Copa de 2014, fará tudo o que a Fifa quiser. “Deixamos claro que não aceitaremos certas reivindicações, como a suspensão dos descontos para os idosos”, recitou o ministro, caprichando na pose de defensor da pátria em perigo. Ou seja: o governo topa tudo, menos o que a Constituição não permite. Se tentasse suprimir algum dos direitos conferidos aos idosos, a Lei Geral da Copa tropeçaria no Supremo Tribunal Federal.
Esqueçam as patriotadas do noticiário jornalístico. Esqueçam as exclamações dos repórteres ufanistas. O que houve na Bélgica cabe numa frase: a presidente do Brasil prometeu falar grosso com o número 1 da Fifa, sujeitou-se a uma reunião com o número 2 e capitulou.
Fonte: Veja
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