A Associação de Praças do Estado do Paraná-APRA,
através de suas atribuições tem o interesse de Informar aos seus
associados, através de dados coletados no texto decorrente, com suas
respectivas fontes, uma tomada geral sobre o tema (Estado do Paraná
Versos Investimentoem Segurança Publica). Ressaltamos, pois que esta
matéria tem o intuito de analisar as informações coletadas para que aja
uma reflexão sobre o assunto.
- 1. Em primeiro lugar vamos falar sobre a situação econômica do Estado.
A Região Sul do Brasil é a segunda mais
rica, representando em 2003 18,6% do PIB Brasileiro, com o Rio Grande do
Sulem primeiro Lugar, depois Paraná em segundo eem seguida Santa
Catarina.
As estimativas preliminares do Instituto
Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social apontam um crescimento
para o Estado do Paraná de 6% em 2007, atingindo o valor de R$145,64
Bilhões. O crescimento foi superior obtido pela economia Brasileira, com
taxa de 5,4% – a melhor desde 2004, conforme apurado pelo IBGE.
O estado do Paraná em 2009 alcançou o 5° lugar na arrecadação do PIB, (Produto Interno Bruto) no País, obtendo o valor de R$ 179.270.215, sendo responsável por 6,1% do PIB nacional.
Em 2010 o Paraná alcançou o PIB de R$
220, 368 bilhões, para 2011 as expectativas de um aumento são ainda
maiores segundo divulgado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento
Econômico e Social – IPARDES e calculado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE. A estimativa de crescimento do PIB
Paranaense em 2010 é de 8,3% que proporcionalmente é maior que o
Nacional, fechado em 7,5%.
O Paraná conforme informou o Censo 2010,
teve um crescimento de 9,16% nos últimos 10 anos, o Estado tem hoje
10.439.610 habitantes, sendo que Curitiba tem hoje 1.746.896 habitantes,
a população Paranaense corresponde a 5,4% dos habitantes Brasileiros.
- 2. Agora vamos confrontar os fatos em relação as informações que envolvem a segurança pública no Estado do Paraná.
O Paraná é o que menos gastou com
segurança publica na década, o investimento do Paraná esta em torno de
1% do PIB, segundo fórum Brasileiro de segurança publica sendo um dos
lideres no ranking negativo.
Aparece o Paraná em 27ª colocação, de
investimento em segurança pública em relação ao percentual do Produto
Interno Bruto – PIB do Estado.
Já em confronto ao orçamento do Estado do Paraná está em 24ª colocação.
Logo em relação ao emprego de recursos
do Estado estamos abaixo do Estado de Minas Gerais, Rio de Janeiro,
Alagoas, Rondônia, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Acre, Goiás,
Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Piauí.. etc.
O Efetivo da Policia Militar do Paraná
não chega ao numero de policias exigido pela lei, na verdade se fomos
analisar em dez anos nunca chegou, sendo que hoje há 17.473 policias
militares, dos quais 2.729 são bombeiros, enquanto a lei preconiza
26.747, chegando a uma defasagem de 9.274 militares. Os braços da
segurança pública do estado, contando com o efetivo da policia civil
chega ao total de 21.427.
O Paraná perde no numero de efetivo para
Rio Grande do Sul, o qual tem o tamanho da população semelhante e conta
com 25.529 policias militares.
Segundo dados estatísticos a serem confirmados, a ONU recomendam 1 policial para 250 Habitantes.
Se a população do Paraná cresce em
proporção a cada ano, vemos o inverso, com o efetivo policial civil e
militar diminuindo a cada ano, e não obstante a criminalidade aumentando
cada dia mais, os cidadãos cobrando das autoridades respostas efetivas,
por outro lado aumentando quanto mais a cobrança social, os reflexos
atingem diretamente os policias que tem que se desdobrar para dar o
mínimo de resposta a sociedade tão sofrida e visivelmente carente de
segurança pública.
Você imagina que tem uma mercearia, e
com a preocupação contrata um segurança para cuidar da mercearia, com o
passar dos anos o proprietário vai aumentando a mercearia ao ponto de
chegar a ser um hipermercado, o quadro mudou radicalmente, um segurança
nunca vai dar conta de um hipermercado (analogia comparativa).
Os policias como heróis que são,
entregam a suas vidas a cada dia pelo cidadão, não levando em conta as
disparidades mesmo reconhecendo os riscos, mais ao chegarem em suas
casas, muita vezes não tem o conforto de seus lares pois os salários
ainda estão longe de ser o ideal.
“E se você me perguntar qual
é o salário ideal para o policial? Eu lhe pergunto quanto custa o valor
de sua vida? Então o ideal é aquele proporcional a função exercida pelo
servidor; será que só Brasília tem esta visão?”.
Os fatos mostram que o Estado esta entre
os cinco maiores Estados em arrecadação do PIB no Brasil, apontando
para um crescimento cada vez maior na casa de 200 bilhões de reais,
também apontam para um investimento em segurança nos últimos 10 anos na
casa de 1%, o que na verdade é ínfimo. E conforme os fatos supracitados
se destacaram entre todos os Estados do Brasil, como o de maior
crescimento econômico.
Lamentavelmente estamos nestas condições
em parte devido a Constituição da República não prever como
contrapartida de sua arrecadação, a obrigação mínima de emprego de
recursos do Estado em segurança pública em suas três esferas, Federal,
Estadual e Municipal. Os governos afirmam paulatinamente que não possuem
recursos para melhorar as condições de trabalho, salariais, bem como
aplicação em tecnologia, armamento, equipamento e treinamento. Enfim é
uma evolução incapaz de acompanhar a criminalidade. O Estado do Paraná não pode alegar falta de recurso para aumentar ou compor salários com o governo federal conforme prevê a implantação da PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL – PEC 300 por exemplo, que é uma demanda de todas as polícias do Brasil.
Fato também que merece ser explicado no
momento em questão esta ligado ao posicionamento do governo frente a não
implantação do subsídio relativo a PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL –
PEC 64 e a EMENDA CONSTITUCIONAL 29 – EC 29, sendo que a oposição com
muito mais propriedade contrariou o governo no que diz respeito a não
ter condições financeiras de fazer cumprir a EC 29. O Governo aprovou e
tem que cumprir com suas obrigações, pois restaria violado o nosso voto
de confiança nos parlamentares que aprovaram a emenda em questão, assim
como colocaria sob evidencia negativa o atual governo.
Se o Estado alegar falta de recurso,
significa que está admitindo a incompetência e sua incapacidade na
gestão financeira dos seus recursos para atender a segurança pública,
bem como todas as suas outras demandas, o que está entrelaçado ou
intrincado com uma péssima distribuição de renda, que representa uma
demanda social urgente para a sociedade Paranaense.
Nota elaborada pela Diretoria da APRA e seu respectivo grupo de estudos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário