PPS pede investigação sobre 'KGB' da Câmara
Reportagem de VEJA mostra que
presidente da Casa autorizou que agentes da corporação intimidassem
sem-terra, vigilante e lavador de carros que acusam petista de compra de
votos (Gabriel Castro)
O PPS vai pedir à Corregedoria
da Câmara que apure o envolvimento do presidente da Casa, Marco Maia
(PT-RS), no uso da Polícia Legislativa para intimidar três pessoas que
acusam o deputado Policarpo (PT-DF) de compra de votos na disputa de
2010: o sem-terra Francisco Manoel do Carmo, o lavador de carros
Edmilson Almeida Lopes e o vigilante Paulo Batista dos Santos.
A edição de VEJA que chegou
nesta sexta-feira às bancas mostra como os agentes da corporação
excederam seus poderes e convocaram as testemunhas do caso a prestar
depoimento a respeito do caso. Os intimados nem mesmo trabalham na
Câmara. Em vez de investigar como Policarpo comprou votos na disputa de
2010, a Polícia Legislativa apurava um suposto crime de chantagem
cometido pelos denunciantes. A atitude excede os limites legais dos
servidores, que deveriam se dedicar à segurança interna da Casa.
Função - Os investigados pela política (sic)
política de Marco Maia confirmam ter sido arregimentados por Policarpo,
que pagou 4.000 reais para Francisco Manoel encher um ônibus com
sem-terra na periferia de Brasília. O caso havia sido mostrado por VEJA
duas semanas atrás. Agora, o deputado acusado confirma ter pedido a
Marco Maia que interferisse junto à Polícia Legislativa.
"Não é função da Polícia
Legislativa atuar em casos como esse. Se há denúncia de chantagem, o
presidente Marco Maia e o próprio deputado Policarpo deveriam ter feito
um pedido de investigação ao Ministério Público ou à Polícia Federal,
que já vem acompanhando esse processo. Usar a Polícia Legislativa pode
configurar abuso de poder e aparelhamento político", argumenta o líder
do PPS, Rubens Bueno.
Após receber a denúncia, a
Corregedoria da Câmara pode levar o caso adiante e pedir que o Conselho
de Ética abra processo por quebra de decoro contra Marco Maia e
Policarpo. Rubens Bueno também cogita recorrer à Justiça.
Fonte: Veja
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