Cerca de 500 pessoas participaram da manifestação que contou com o apoio de outros segmentos do serviço público
Em defesa dos
militares exonerados pelo Estado, um ato público aconteceu na manhã de
ontem, em Copacabana na Zona Sul do Rio. A manifestação teve como
objetivo reverter a condenação e as represálias contra 14 bombeiros e 19
policiais militares excluídos pelo governo das corporações, após a
participação na última greve em 2011.
Estamos aqui
pedindo a nossa anistia, pois fomos expulsos arbitrariamente. São chefes
de família que estão lutando há mais de um ano por dignidade e
procurando diálogo com o Governo do Estado. O poder público vem
criminalizando todo o movimento social de luta por dignidade, nós
queremos sentar e dialogar, só isso. Acreditando que lutar não é crime
então nós não estamos cometendo crime nenhum nós queremos colocar
sustento na nossa casa, são todos militares com comportamentos
excepcionais dentro da corporação, só estamos pedindo para sermos
tratados com dignidade e acreditamos no nosso retorno, que o governo vai
sentar conosco, vai trazer esses militares de volta, vai dar um salário
digno para a instituição é isso que nós estamos buscando há mais de um
ano, explicou um dos 14 bombeiros exonerados da corporação, o cabo
Benevenuto Daciolo.
Ainda de acordo
com o Daciolo enquanto o governo não aceitar o diálogo com os
exonerados, os atos públicos continuarão a acontecer.
Segmentos públicos
Diversos segmentos do serviço público estadual e de parlamentares participaram da manifestação.
Além do apoio dos
segmentos públicos do Rio de Janeiro, representantes de outros estados
também estiveram presentes na manifestação como Ceará e Santa Catarina.
O Policial
Militar e representante da Associação dos Militares do Estado de Sergipe
(AMESE), sargento Edgar Menezes era um dos que estavam presentes
apoiando o ato. Nós viemos apoiar, porque não achamos justo os outros
estados do país não receberem um salário justo, não podemos compactuar
com isso, estamos trabalhando no país inteiro pra que essa PEC seja
aprovada assim como foi em Sergipe, por que o serviço é o mesmo.
Outra que também estava apoiando o ato era a representante do Sindicato dos Profissionais de Educação (Sepe), Rosilene Almeida.
A política do
governo tanto municipal, mas principalmente estadual, é justamente calar
os servidores no seu direito de luta por melhores condições de
trabalho, melhores condições de salário. A perseguição política que está
havendo com todos os trabalhadores está em todos os setores, claro que
tem o símbolo que são os bombeiros, que é um escândalo isso, enquanto o
Sérgio Cabral está dentro da corrupção e fora de uma CPI, não coloca as
suas contas claras, ele justamente persegue trabalhadores e
trabalhadores que lutam pelo seu direito de reivindicação, então dentro
do próprio sindicato existem vários profissionais de educação que estão
sofrendo processo, assédio moral dentro das escolas, justamente por que
fizeram greve. Por isso nós estamos aqui dando a apoio para intensificar
as lutas, disse Rosilene.
Fonte: Jornal Povo do Rio (Tamiris Rodrigues)
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