Dos 14 vereadores, 10 votaram contra Rita Sanco, suspeita de improbidade administrativa
Prefeita de Gravataí teve o mandato cassado pela Camâra de Vereadores da cidade neste sábado
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A sessão tumultuada começou às 9h de sexta-feira. Após a votação do impeachment de Rita Sanco, os vereadores também cassaram o vice-prefeito Cristiano Kingeski (PT). Com a perda dos mandatos, quem assume o Executivo é o presidente da Câmara, o vereador Nadir Rocha (PMDB).
O advogado de defesa da prefeita e do vice, João Nascimento da Silva, ocupou o plenário da Câmara Municipal por três horas e 30 minutos para rebater todas as acusações da Comissão Processante. A maioria da plateia que acompanhava a sessão era composta por correligionários do Partido dos Trabalhadores e apoiadores da prefeita Rita Sanco. O PT enviou à sessão nomes de peso como o deputado federal Ronaldo Zulke, a deputada estadual Ana Afonso, o vereador Aldacir Oliboni e o presidente do Banrisul, Tulio Zamin. Zulke chegou a ser acusado por opositores da prefeita de estar presente no plenário para "comprar" vereadores. O manifestante, que estava exaltado, foi retirado do recinto por seguranças.
Por volta das 5h30min de sábado, o plenário foi esvaziado a pedido da defesa, pois houve denúncia de que uma pessoa estaria armada. Após revista com detector de metais, os trabalhos foram retomados na leitura do relatório da vereadora Tânia Ferreira, do PT. Depois seguiu o período de manifestação dos vereadores defendendo suas posições.
O relator do caso, Acimar Silva, se absteve de se manifestar na tribuna em função do cargo que exerce. Depois dele, os demais vereadores ocuparam o espaço, argumentando a favor ou contra a cassação da prefeita e do vice.
Confira a relação dos votos:
ABSOLVIÇÃO
PT
Tania Ferreira
Carlito Nicolait
Carlos Souza de Medeiros
Airton Leal Vasconcelos (Tio Airton)
CASSAÇÃO
DEM
Dario Plein
PMDB
Levi Lorenzo Melo
Nadir Flores da Rocha
Acimar Silva
PP
Roberto Carvalho de Andrade (Robertinho)
PSB
Anabel Lorenzi
PTB
Vail Carlos Corrêa
PV
Ricardo Canabarro
Marcio Souza
Sem Partido
Cau Dias
Entenda o caso
A sessão extraordinária do Plenário da Câmara Municipal de Gravataí, que começou às 9h de sexta-feira, avalia supostos atos de irregularidades praticados pela administração da prefeita. Para que ocorra o impeachment, a oposição precisa do voto de dez dos 14 vereadores. As onze denúncias contra Rita e as duas contra Kingeski são administrativas. Dentre as consideradas mais graves, duas se referem a negociações de dívidas do município contra CEEE e Corsan. Fonte: Correio do Povo
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