29 de setembro de 2011

Polícia Civil do Rio Grande do Sul: Adesão ao primeiro dia de paralisação é total




O primeiro dia de paralisação dos agentes da Polícia Civil tem praticamente 100% de adesão, incluindo capital, região metropolitana e as 29 regiões policiais do interior. Para se ter uma ideia da coesão do movimento, entre 8 horas da manhã e 13 horas, a Área Judiciária, no Palácio da Polícia, não havia registrado nenhuma ocorrência.

A adesão em sedes de regionais e pequenos municípios, conforme pesquisa feita pela Ugeirm ao longo da manhã do dia 28, sustentam a inconformidade dos policiais civis com o encerramento de negociações feito pelo governo, exigem aporte de recursos para a matriz salarial de 2012, bem como estabelecimento de relação de verticalidade entre os salários de todos os policiais civis: agentes e delegados (veja fotos aqui).

“A Ugeirm quer ampliar a visibilidade de nosso protesto e convoca policiais de todas as DPs e departamentos da capital para engrossar o público no Palácio da Polícia. Vamos fazer vigília ao longo de toda a madrugada. Nossa mensagem para o governo está sendo absolutamente respeitosa e inegavelmente forte”, diz Isaac Ortiz, presidente do sindicato.

Abaixo, uma “pequena” relação das cidades/regiões que noticiaram adesão de 100% - e o sindicato, desde já, pede desculpa por imperdoáveis esquecimentos ou omissões (quem tiver fotos da paralisação, pode encaminhar para ugeirm@ugeirm.com.br).

Farroupilha, Bento Gonçalves, Garibaldi, Bagé, Santiago, Cruz Alta, Ijuí, São Gabriel, Rosário do Sul, São Vicente do Sul, Mata, Viamão, Canoas, Lavras do Sul, Nova Palma, Flores da Cunha, Pelotas, Rio Grande, São Lourenço do Sul, Dom Pedrito, Canguçu, Morro Redondo, Nova Roma do Sul, Palmeira das Missões, Carazinho, Cachoeira do Sul, Santo Ângelo, Candiota, Jaguarão, Osório, São Luiz Gonzaga, Nova Araçá, Itaqui, Uruguaiana, São Borja, Santa Maria, Santa Cruz do Sul, Vacaria, Capão do Leão, Tramandaí, São Vicente do Sul, Gramado, Cacequi, Capão da Canoa, Lagoa Vermelha, São Marcos, Santa Rosa, Seberi, Passo Fundo, Paraí, Nova Bassan, Soledade, Santa Vitória do Palmar, Capivari do Sul, Veranópolis, Carlos Barbosa, Charqueadas, Camaquã, Frederico Westphalen, Chuí, Montenegro, Santana do Livramento, Monte Belo do Sul, Canela, Taquara, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Lajeado, Erechim, Gravataí, Alvorada, todas as DPs de Porto Alegre e departamentos, inclusive os mais numerosos, como Deic e Denarc.

Em nenhum município pesquisado pela Ugeirm, na manhã do dia 28, foi reportada notícia de não adesão da categoria. Em apenas quatro cidades foi comunicada, devido a questões peculiares, adesão parcial – entre 60% e 90%.

Operação Pinóquio

O governo fez ofensiva midiática para tentar ganhar a guerra de informação. A Secretaria de Segurança Pública realizou hoje, com dinheiro público, o que o sindicato considerou ser a "Operação Pinóquio".

Os quatro maiores periódicos de capital - ZH, Correio do Povo, O Sul e Jornal do Comércio - trouxeram publicidade oficial sobre salários da Polícia Civil. O anúncio foi de três quartos de página no caderno de política de cada jornal.

O texto afirma que os policiais vão ter até 20% de reajuste, quando um agente em início de carreira, com maior índice, terá exatos 13,6%. É feio tentar enganar o leitor, ainda mais quando é o erário que custeia a enganação.





Fonte: Ugerim


Paralisação da Polícia Civil atinge 100% das delegacias da Região Metropolitana


Informação é do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores



A paralisação dos agentes da Polícia Civil gaúcha, iniciada nesta quarta-feira, atinge 100% das delegacias da Região Metropolitana, conforme o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm). No interior do Estado, a entidade ainda não conseguiu confirmar o número de servidores que aderiram ao movimento, mas o presidente do sindicato, Isaac Ortiz, garante que o atendimento está restrito a casos graves.

Durante as 48 horas de paralisação, ficam suspensas investigações criminais, tomadas de depoimentos, registros de ocorrências e operações. São mantidos os registros de homicídio, estupro e crimes que tenham como vítimas crianças, adolescentes e idosos.

A iniciativa ocorre após o governo gaúcho encerrar as negociações com parte dos servidores da Segurança Pública. A proposta apresentada pelo Estado, de 10% a 13% de aumento para os agentes de primeira à quarta classe, com base em um reajuste de R$ 91 no vencimento básico, desagradou a categoria. Isaac Ortiz afirmou que a Ugeirm, que responde por mais de 90% dos policiais civis, pede 25% de reposição salarial. Ele avalia que, caso o governo não chame os policiais para uma negociação, a paralisação pode se tornar uma greve por tempo indeterminado.

Na terça-feira, os cerca de 1,1 mil filiados ao Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (Servipol) aceitou a proposta de reajuste e desistiu de aderir à paralisação. Já os delegados de polícia entregaram uma carta de reivindicações ao governador Tarso Genro, exigindo a equiparação do salário aos vencimentos dos procuradores do Estado, medida que já teve a aprovação do Supremo Tribunal Federal.

Outra categoria que deve se manifestar sobre o reajuste é a dos agentes penitenciários. A perspectiva é de que os servidores oficializem, nos próximos dias, a aprovação de um reajuste linear de 10,21%.

Correio do Povo

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